Com um déficit de 3,8 mil servidores na Polícia Civil, as
entidades de representação da categoria apontam a necessidade de aumento do
efetivo, com a convocação dos classificados no último concurso. Segundo o
Sindicato dos Policiais Civis, o Estado teria como repor mais 115 vagas de
agentes, escrivães e delegados, deixadas por aposentadorias, exonerações e
falecimentos, além das 360 nomeações efetivadas na semana passada. A comissão
de classificados do certame diz que há espaço para reposição imediata dos postos,
mas “falta de vontade política”. Com 1.251 agentes, RN tem hoje menos policiais
do que em 2016, quando o baixo efetivo de 1.352 agentes motivou a abertura do
concurso, segundo levantamento.
“O Tribunal de Contas e o Ministério Público autorizaram o
governo a repor as aposentadorias e as mortes desde 2016, que poderiam ter sido
repostos de forma imediata pelo governo, mas o governo não quis, preferiu fazer
uma turma menor de 400 e só formou 360. Se o governo quiser tem vaga de
reposição imediata, não precisa nem fazer acordo. É isso que estamos cobrando”,
diz Adson Felipe Rocha, membro da comissão dos classificados. A TN tentou ouvir
o Governo do Estado sobre a possibilidade de novas convocações, mas não obteve
retorno.
Entidades representativas dos policiais civis ressaltam que
o processo em curso, que deve empossar 360 agentes até novembro, somente repõe
parte das vagas abertas pelos policiais que se aposentaram e não representa
incremento real do efetivo. Com os novos convocados, o efetivo deve chegar
próximo a 1,5 mil agentes, mas o organograma da instituição prevê 5.150
profissionais, portanto o déficit deve permanecer na casa dos 70%. Atualmente,
sem os novos nomes, o déficit da corporação é de 75,8%. O Estado ainda terá
mais 154 vacâncias, de policiais civis aptos a pedir aposentadoria.
Via Tribuna do Norte