terça-feira, 10 de maio de 2022

Cultivo com hidrogel atinge 1,4 mil hectares no Rio Grande do Norte

 


O Programa de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste - Prodeter está popularizando entre os agricultores potiguares o uso do polímero de origem mexicana conhecido por hidrogel. O produto concentra água nas raízes das plantas, mantendo o solo úmido por mais tempo que no cultivo tradicional. Desde a primeira experiência, em janeiro do ano passado, para produtores de caju da Serra do Mel, a área cultivada com o uso da nova tecnologia vem aumentando no estado. Baseado nas compras coletivas realizadas, o coordenador do Comitê Gestor Territorial da Cajucultura do Prodeter e consultor do Sebrae RN para a atividade, Braz Lino de Oliveira, estima a área cultivada com hidrogel em 1,4 mil hectares.

O crescimento acelerado encontra explicação nos resultados obtidos pelos agricultores pioneiros. A redução da mortalidade das mudas de cajueiro no estágio pós-plantio chegou a 72% com o uso do hidrogel, conforme testes realizados pelo comitê durante o ano de 2021, aumentando a capacidade de produção no primeiro ciclo. Além da cajucultura, a técnica já foi aplicada no cultivo do maracujá irrigado, macaxeira, melancia, acerola, feijão e hortaliças. O hidrogel também está sendo testado na produção de ração animal: palma, leucena e capim - açu e elefante -, também com resultados animadores.

O agricultor familiar e secretário de Planejamento e Gestão do município de Porto do Mangue, Flávio Felipe, tornou-se um dos maiores defensores do uso do polímero. Ele participou das primeiras experiências e é didático na análise da iniciativa. “O solo da região é profundo e a água infiltra muito rápido, mas fica no hidrogel. Eu plantei 1.112 pés de caju, 800 enraizaram, enquanto meus vizinhos perderam todas as mudas. Então, quem seguiu o que o Prodeter ensinou, está colhendo, quem não seguiu, está correndo atrás”, diz.

Com informações do BNB