sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Brasil pode ser "potência no setor" de urânio, avalia Serviço Geológico do Brasil

 


O Brasil pode se tornar uma potência no setor de urânio. A afirmação foi dada pelo diretor de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), Marcio Remédio, durante o Nuclear Trade & Technology Exchange (NT2E), evento coordenado pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN).

Urânio no Brasil

Depois de cinco anos, país retomou, em dezembro de 2020, a produção de urânio – utilizado, no Brasil, para a produção de energia, dentro de usinas nucleares, e para a propulsão nuclear de submarinos. A retomada simbólica ocorreu em cerimônia na Unidade de Concentração de Urânio das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), no município de Caetité (BA). 

Durante o evento, foi feita uma detonação, simbolizando o início da lavra a céu aberto na Mina do Engenho.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, numa primeira etapa, a nova unidade tem capacidade para produzir 260 toneladas de concentrado de urânio por ano. Mas a expectativa é que, até 2025, esteja produzindo 1.400 toneladas de concentrado de urânio; e, até 2030, 2.400 toneladas anualmente, pois existe o planejamento de entrada de outra mina em operação, em Santa Quitéria, no Ceará.

Ainda segundo o Ministério de Minas e Energia, a produção do urânio no país começou em 1982, com a produção e extração em uma mina em Poços de Caldas, em Minas Gerais. Durou 13 anos, da ordem de 1.200 toneladas, e abasteceu a Usina de Angra 1. A produção foi interrompida porque exauriu a reserva do metal. Ela foi retomada, em 2000, em Caetité, na Bahia. Em 2015, foi novamente paralisada, também porque a reserva se exauriu.


Com informações da ASSCOM/SGB/CPRM e do Ministério de Minas e Energia



Fonte: Brasil 61