sexta-feira, 2 de julho de 2021

Produção de alhos nobres é impulsionada em municípios serranos do alto Oeste

 


As cidades de Portalegre e São Miguel, na região serrana do Alto Oeste do Rio Grande do Norte, são responsáveis por introduzir o cultivo de alhos nobres no estado. Onze produtores são os precursores da plantação de variedades de aliáceas, família da qual também fazem parte a cebola, alho-poró e cebolinha. Graças a um projeto, que vem sendo desenvolvido desde 2018 pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária -Embrapa/Hortaliças, Prefeitura de Portalegre e Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), a produção de alho roxo nessas serras já atinge as 27,5 toneladas por ano. A parceria também está dando condições para o processamento das espécies para o plantio e beneficiamento do produto.

O estado até então não tinha tradição no plantio de alho, cuja produção nacional fica basicamente concentrada nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás, que respondem por 90% do abastecimento do país. Por isso, tudo o que é produzido por esses agricultores potiguares é completamente absorvido no mercado potiguar e regional.

Na semana passada, o projeto recebeu equipamentos via emenda parlamentar para fortalecer a cadeia produtiva de alho. Os produtores receberam um debulhador, um descascador, um classificador de alho comercial e um liquidificador industrial. A doação dos equipamentos foi feita à prefeitura local e visa aprimorar o plantio e, principalmente, a comercialização do alho produzido na região.

A hortaliça está sendo cultivada nos sítios Tibau, Jenipapeiro, Encruzilhada e Santo Antônio, além de uma área da Associação dos Produtores Rurais de Portalegre (APRUP), que mantém um telado (espécie de estufa) para cultivo das sementes que servem para a safra seguinte. Para se ter uma ideia do potencial da região, somente entre 2018 e 2019, foram produzidas e comercializadas aproximadamente 30 toneladas de alho.


Via Defato