A
válvula de segurança
Num dia de meio de semana aí
qualquer, fui até uma dessas lojas que ajeitam panelas de pressão. Neste dia,
enquanto olhava umas borrachas de vedação, chegou uma senhora, uma velinha
simpática, de cabelos brancos e bem cuidados, vestido longo e com aquele
jeitinho de senhora do interior, com a tampa de uma panela para ajeitar. Ela
pediu para o homem retirar uma tampinha de plástico que ficava na tampa e
colocasse um parafuso no lugar. Essa tampinha, segundo ela, estava saindo
direto e fazia com que a panela não pegasse pressão.
O que ela não sabia era que
essa tampinha era a válvula de segurança da panela e serve justamente para
isso... Para abrir quando a pressão estiver muita grande dentro, evitando assim
uma possível explosão.
O homem, muito calmo, comentou
para a senhora que não deveria fazer isso, porque retirar a válvula poderia
fazer a panela explodir. Explicou que o problema poderia ser em outra peça da
tampa. Mas não adiantou, foi em vão. Eu, vendo de longe, entrei na conversa e
tentei também explicar a função daquela pecinha e que ela não deveria ser
retirada, mas também em vão. A senhora não quis explicações. Para ela, aquela
peça não servia pra nada e deveria ser retirada. “Todo mundo faz isso e nunca
deu em nada”, disse ela.
Não adiantava explicar, ela
não iria entender. Aliás, ela não queria. Na visão dela, era aquilo que deveria
ser feito e ponto.
Eu, obviamente, não fui mais
explicar. Nem o homem da loja. Vimos que era em vão qualquer tentativa de explanar
que ela poderia estar correndo riscos com aquela panela sem a bendita válvula
de segurança.
O homem, finalmente, fez o
serviço. A senhorinha foi embora com cara de quem estava um pouco contrariada
e, possivelmente, com raiva da gente.
Assim, meus amigos, é em
qualquer ocasião. Não canso de dizer: não adianta dialogar com quem não quer
entender. Muitas vezes, a pessoa não faz por mal, ela somente pensa daquele
jeito e ponto final. O errado da história pode ser você que tenta a todo custo
enfiar goela a baixo seu entendimento.
Se a pessoa não quer, pronto.
Acabou. Ela tem todo direito do mundo de querer ser leiga e ela que arque depois
com as consequências de suas convicções.
A
diplomação dos eleitos.
A 35º Zona Eleitora do Rio
Grande do Norte diplomou, no dia 16 de dezembro de 2020, os eleitos para o
legislativo e executivo das ultimas eleições municipais.
Claro que vou desejar aos
diplomados que façam um bom trabalho. Que deixem as picuinhas políticas e
politicagens de lado e vejam o melhor para o nosso município.
Deve ser uma responsabilidade
muito grande ser um representante escolhido pelo povo. Requer coragem e
empenho.
Parabéns a todos. Façam por
Apodi, independente do seu partido. Façam pelo povo.
A
volta de quem não foi.
Muita gente pensou que a pandemia
tinha diminuído ou até acabado. Porém o vírus ainda está por aí. Na verdade ele
nem voltou, porque ele sequer foi.
Sei que muitos estão culpando
as autoridades pelos aumentos de casos da doença, mas vou te dizer uma coisa: a
culpa não é apenas deles. É sua também. Nossa, até.
Ninguém te obrigou a sair de
casa, nem ir à festa, passeata, comício ou sei lá mais o que.
Ninguém pegou na sua mão e te
obrigou a aglomerar. Se você não se aguentou em casa e saiu para festejar, a
culpa é mais sua que minha ou de qualquer autoridade.
No auge da pandemia, quando
tudo estava fechado, vi pessoas entrando em lojas e comprando produtos não essenciais.
Vi pessoas em farras, dentro de casas, com os amigos, bebendo e curtindo
“lives”.
Jogue a culpa em quem quiser, é
direito seu, mas seja pelo menos coerente.
Agora vamos torcer que aprovem
logo a vacina. Precisamos voltar à normalidade o quanto antes.
A
“credibilidade” da desinformação.
Se existe uma coisa que os divulgadores
de desinformação faz com maestria é passar um “ar de credibilidade”.
Um dia desses, eu vi, na
internet, um vídeo de um líder religioso falando sobre a possível vacina contra
a COVID-19. Na gravação, ele falava que a vacina irá alterar o DNA de quem
tomar, transmitir HIV, transformar a pessoa em homossexual e que futuramente
poderá até adquirir um câncer. Um verdadeiro show de horrores.
E sabe o que é pior? É ver a
quantidade de pessoas que acreditam nesse tipo de discurso. Ele, como líder,
passa (ou deveria passar) credibilidade. São vários seguidores que compraram
essa ideia e passaram pra frente, fazendo assim uma corrente de desinformação
assustadora.
Quem acompanha os noticiários
da TV e lê jornais, seja impresso ou pela internet, por mais leigo que seja no
quesito ciência, consegue compreender como é feita, elaborada, aprovada e
distribuída uma vacina.
Mas você acha que um seguidor
assíduo deste líder religioso vai acreditar mais num jornal do que nele? Uma
ova que vai.
Se já seria irresponsável da
minha parte sair por aí dizendo um monte de asneiras descabidas, imagina então
o tamanho da irresponsabilidade um líder desses? Uma pessoa de quem se espera
credibilidade e que deveria sempre te passar palavras de confiança e conforto.
Pois é, pessoas do bem. Um dos
maiores problemas da desinformação está na sua emissão. Na fonte. No emissor.
Se combater uma notícia falsa
já difícil, imagina combater uma noticia falsa quando vem de uma pessoa que te
passa confiança?
A tal da credibilidade de quem
não deveria ter é que bagunça mais ainda essa “bagaça”.
O
Ultimo do ano
Bem, meus amigos... Este é o
ultimo “Opinião é tudo!” de 2020.
Quero aqui agradecer o espaço
dado a mim neste informativo e desejar a todos um feliz ano novo.
Espero, do fundo do coração,
que no próximo ano tudo volte ao normal e que ele traga bons ares.
FELIZ 2021 e que Deus nos
abençoe.
Sugestões
e críticas.
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Até a próxima.