segunda-feira, 29 de junho de 2020

PANDEMIA e os efeitos sobre o emprego

O Rio Grande do Norte tem 29% das pessoas não ocupadas que não procuraram trabalho por conta da pandemia do novo coronavírus ou por falta de trabalho na localidade onde moram. Esse percentual representa 420 mil potiguares. Entre os estados do Nordeste, essa é a segunda menor proporção. Só a Paraíba (27%) tem um percentual menor.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – Covid-19, divulgada nesta quarta-feira, 24/06, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com dados estaduais.

No entendimento de pesquisadores do IBGE, o contexto de pandemia e isolamento social,o dado das pessoas impedidas de procurar trabalho - por medo de contaminação ou por não encontrarem vagas na localidade onde moram - é até mais importante que a taxa de desocupação. Isso porque essa taxa considera apenas aqueles que procuram efetivamente trabalho.

No Rio Grande do Norte, a taxa de desocupação foi de 12,3% em maio, a terceira maior do Nordeste e sexta maior do Brasil. São 173 mil potiguares em busca de trabalho formal ou informal.

A pesquisa também revela que o RN tem a menor taxa de informalidade entre os estados do Norte e Nordeste: 39,2%. Em números absolutos, são 483 mil informais.

No entendimento do supervisor de Disseminação da Informações do IBGE no RN, Flávio Queiroz, o baixo índice de informalidade, nesse caso, não significa crescimento do mercado formal no período de pandemia. Pode, sim, representar consequência da saída de muitas pessoas do trabalho informal da força de trabalho, ou seja, simplesmente pararam de trabalhar ou procurar trabalho.

Mais da metade dos domicílios do Rio Grande do Norte, 53%, tiveram algum morador que receberam auxílio emergencial. A média do rendimento proveniente do auxílio emergencial recebido pelos domicílios foi R$ 888,00.